Guilherme Arantes, paulistano, 68 anos de idade, 45 anos de carreira, com 27 álbuns lançados, 21 álbuns de inéditas, se prepara para uma série de shows em solo brasileiro. O Cine-Theatro Central, em Juiz de Fora-MG, no dia 11 de outubro marca o início das apresentações do artista. O cantor e compositor sobe ao palco do Teatro da UCS, em Caxias do Sul-RS, no dia 16 de outubro. Um dia depois é a vez do Teatro da PUC RS, em Porto Alegre-RS. Já o Theatro Guarany, recebe Guilherme em Pelotas-RS, no dia 18 de outubro.
Desde 2019, Guilherme divide sua moradia entre Salvador, no Brasil, e Ávila, cidade medieval da Espanha. Durante a pandemia, em sua estadia em Ávila, estudou orquestração e música barroca, que influenciou o seu álbum mais recente A Desordem dos Templários (2021), com forte tempero progressivo.
No show, algumas das canções do novo álbum se incorporam aos grandes sucessos do artista em uma grande celebração aos seus mais de 48 anos de carreira e 70 anos de vida.
Com 27 álbuns lançados em cinco décadas de carreira, Guilherme Arantes tem músicas gravadas por Roberto Carlos, Maria Bethânia, Elis Regina, Caetano Veloso, Gal Costa, entre outros. Em sua coleção de sucessos estão “Planeta Água”, “Amanhã”, “Cheia de Charme”, “Meu Mundo e Nada Mais”, “Lindo Balão Azul”, “Deixa Chover”, “Lance Legal”, “Pedacinhos” e “Brincar de Viver”.
A Desordem dos Templários contém 10 faixas inéditas, sendo 8 canções, um tema instrumental progressivo e, ainda, uma vinheta de sonoplastia conceitual. Envolto nas névoas de um clima onírico, este é um álbum impregnado de tons medievais, renascentistas e barrocos, misturando à balada pop tradicional do compositor os elementos fundamentais de uma “concepção musical brasileira”, como o lundu, a valsa, a modinha, a bossa nova, a toada ternária mineira e até o baião. O título do álbum é um delírio influenciado pelo “realismo fantástico”, pano de fundo da cultura reminiscente de uma mocidade vivida em tempos de rock progressivo, viajeiro, com elementos da cultura armorial, do cordel, trazendo através de um olhar ibérico um resgate sonoro de algumas mitologias ancestrais do povo brasileiro.
O clima serrano, os costumes de cidade histórica interiorana foram propiciando novas inspirações melódicas, em letras reflexivas com forte teor emocional. Além do cotidiano peculiar da cidade, seus recantos, seus sons, silêncios e aromas, vários outros fatores contribuíam para um tom de retrospectiva do tempo e da própria vida, como se fossem as remotas férias prolongadas da infância e adolescência, longe de casa.
Ana Paula Romeiro
Assessoria de Imprensa