Rio Grande do Sul pode enfrentar nova onda de chuvas e ventos fortes

Prédio da Prefeitura no centro de Porto Alegre

Com a aproximação de uma frente fria, o tempo no Rio Grande do Sul deve continuar instável nesta quarta-feira (8). De acordo com os meteorologistas, a chuva deve se concentrar na metade sul do estado, região que também deve registrar as menores temperaturas nos próximos dias.

O avanço desta nova frente fria é consequência de um ciclone extratropical formado próximo à costa da Argentina. Segundo a Climatempo, o sistema não vai passar pelo Rio Grande do Sul, mas favorece a intensidade dos ventos na região Sul do país – além de provocar o retorno da chuva ao estado.

Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, explica que as condições de instabilidade devem continuar até o fim de semana, com a chuva se espalhando novamente por boa parte do estado.

“A partir de quinta a chuva deve avançar mais para o norte do estado. As previsões indicam que sexta e sábado devem ser os piores dias nas regiões já mais afetadas pelos temporais, como o Vale do Taquari e a região metropolitana de Porto Alegre”, projeta Luengo.

O Rio Grande do Sul já contabiliza 95 mortos e mais de 130 desaparecidos por conta das chuvas. Há 207,8 mil pessoas fora de casa e estima-se que mais de 1,4 milhão de pessoas já foram afetadas.

Alertas devido aos temporais

Por conta do grande volume de chuva previsto para os próximos dias, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois avisos meteorológicos.

🔴O primeiro alerta, de “grande perigo”, engloba o extremo sul do estado. Nas regiões sob esse aviso, o volume de chuva pode superar os 100 milímetros por dia, com ventos superiores a 100 km/h e queda de granizo.

🟠Já o segundo alerta, de “perigo”, abrange a parte mais central do Rio Grande do Sul. Nesses locais, os volumes podem chegar a 100 milímetros de chuva, com ventos intensos, entre 60 km/h e 100 km/h.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) também mantém os alertas de risco hidrológicos, especialmente para a metade sul do estado.

Segundo o órgão, os grandes volumes de chuva contribuem para a permanência das inundações e para a saturação do solo, deixando as bacias da região com níveis elevados.

Quando termina o bloqueio atmosférico?

O bloqueio atmosférico vivido pelo país, que contribui para que as chuvas se concentrem no Sul, ainda deve durar ao menos mais uma semana.

🌡️ O sistema é responsável por deixar o ar quente e seco na áreas do Centro-Sul do país, dificultando a formação de nuvens nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Além disso, ele impede que as frentes frias avancem para o interior do país.

Segundo Luengo, é difícil prever com antecedência quando os bloqueios serão quebrados, mas os modelos indicam que as condições meteorológicas devem mudar a partir da segunda quinzena do mês.

“Mas isso não quer dizer que a chuva para no Sul. Ela só deve diminuir em relação ao que estamos observando nos últimos dias”, comenta o meteorologista.

Fonte g1

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