Carol Nakamura fala da dor e do que viveu no Rio Grande do Sul

Carol Nakamura

Carol Nakamura se disse “impactada” ao falar sobre os dias em missão de resgates no Rio Grande do Sul. Em declaração para seu Instagram nesta terça-feira (14), a atriz narrou os bastidores e a realidade da situação de calamidade. “A água, em um canto que a gente foi, tinha cheiro de morte. Pessoa em decomposição no chão. Tem muito bicho e gente morta. Horrível”, lamentou, com os olhos marejados.

Em publicação para sua rede social, a apresentadora falou sobre a decisão de viajar do Rio de Janeiro para a região sul para trabalhar como voluntária. Acompanhada do marido, o empresário Guilherme Leonel, ela auxilia no resgate de animais. “Quando decidimos viajar para o Rio Grande do Sul, não tínhamos nada. Só a vontade de ajudar essas pessoas que perderam tudo. Chegamos em uma fase que só restaram os animais, e é claro que eu nunca vou deixar nenhum para trás. Vocês não têm noção de tudo que passamos nesses resgates: animais boiando, presos em casa, cachorros nadando durante cinco dias, dentro da geladeira, donos que buscam as bicicletas e deixam os cachorros na casa alagada para morrer. Abrigos com mais de mil animais, eles pedem ajuda no olhar”, descreveu.

“Eu não sabia se seria útil, só saímos de casa com um pensamento: se a gente salvar uma vida já valeu a pena. Deixamos obra [de sua casa no RJ], meus 16 cachorros, trabalho, perdi o aniversário do meu filho e Dia das Mães. Foram quase 30 horas na estrada, usando nosso próprio recurso financeiro, com ajuda de pouquíssimos amigos. Cheguei no Sul e só pensava em ajudar. Limpei bosta, me joguei naquela água com cheiro podre, não comi bem, dormi dois dias no carro. Foram tantos perrengues. Mas tudo valeu a pena. Ajudamos a salvar mais de dez animais em dois dias”, contou.

Carol enalteceu a mobilização em prol da reconstrução do RS. “Se existe um sentimento bom no meio disso tudo é a empatia do nosso povo brasileiro. Bonito de ver estradas lotadas de caminhoneiros com doações, vários voluntários, famosos e anônimos. Não importa, os gaúchos estão cheios de gratidão. Meu Deus, nem sei explicar o que estou sentindo. Um misto de alegria, tristeza, felicidade, raiva, sentimentos confusos. Estou muito impactada com o que vi, e me revolta muito não ver isso resolvido ainda. Quando é o momento certo? Quantas pessoas e animais precisam morrer? Quando isso vai acabar?”, perguntou.

 

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Fonte Revista Quem

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