O KISS prepara-se para realizar seus dois últimos shows de sua carreira nos dias 1º e 2 de dezembro no palco do Madison Square Garden, em Nova York. Gene Simmons, baixista e vocalista da banda, conversou esta semana com o USA Today para fazer uma reflexão sobre sua carreira. Mesmo adotando as mais modernas técnicas de apresentação no palco nos últimos 50 anos, revelou que não se conforma com os celulares.
Ao falar sobre a mudança que ocorreu na plateia aos longos dos anos, comentou como se sente ao ver um mar de telefones ligados enquanto se apresenta. “Eu não sou fã de celulares. Se dependesse de mim, eu tiraria todos eles”, declarou o músico de 74 anos (via Whiplash.Net).
Ele explicou que o artista precisa de atenção total de quem está na plateia: “Eu arrisco minha vida toda vez que subo no palco. Não há rede [de segurança]. Paul [Stanley] voa até o fundo da arena e toda a banda se estende do teto a 80 pés [25 metros] de altura sem rede”.
Simmons prossegue: “Durante o show vejo pessoas mandando mensagens, fazendo vídeos e gastamos muito tempo, esforço e dinheiro [naquela apresentação]. Você está lá para o show, e gostaríamos que você o assistisse, mas é difícil voltar atrás no tempo. Essa é a nova cultura, e há uma elemento viciante nessa tecnologia”.
Na mesma entrevista, o cantor não deu esperanças para os fãs sobre um reencontro com Ace Frehley e Peter Criss, guitarrista e baterista originais do grupo, nestes últimos shows: “Nós os amamos e os estimamos. Eles sempre farão parte da família KISS… O Kiss não teria acontecido sem Ace e Peter. Não há dúvida da química. Mas não acho que o KISS teria sobrevivido com Ace e Peter. Nem todo mundo tem o DNA. É um trabalho árduo para passar por isso por 50 anos”.