Os Melhores do Ano
Em edição histórica do ‘Melhores do Ano’ neste domingo (15), o tradicional prêmio exibido pela TV Globo no Domingão, Luciano Huck reafirmou sua capacidade de transformar eventos televisivos em marcos históricos. A cerimônia foi um verdadeiro manifesto pela união na comunicação, em um país onde as disputas entre emissoras frequentemente dominam o imaginário popular.
Mas Huck, com seu já característico tom conciliador e espírito inovador, foi além. Reuniu, em um mesmo palco simbólico, representantes de diferentes redes: Patrícia Abravanel (SBT), homenageando o pai Silvio Santos; Ticiane Pinheiro (Record); e Sônia Abrão (RedeTV!), em um momento que transcendeu a competição habitual da TV brasileira.
O gesto de convidar essas figuras tão representativas não foi apenas protocolar, mas uma declaração pública de que a comunicação pode ser, e deve ser, um espaço de pluralidade e união. A emoção foi evidente quando Patrícia Abravanel subiu ao palco para receber, em nome do pai, uma homenagem pela trajetória de um Silvio Santos que é patrimônio eterno da televisão brasileira.
Huck não poupou elogios, afirmando que Silvio, com sua genialidade e irreverência, é uma inspiração constante. E assim como o “homem do Baú” sempre pregou o respeito entre concorrentes, Huck parece ter assumido a missão de levar esse legado adiante, unindo mundos que, até pouco tempo, pareciam inconciliáveis.
Simbólica também foi a presença de Ticiane Pinheiro, rosto da Record, e Sônia Abrão, rainha das tardes pela RedeTV!. Esses encontros reforçam um fato que muitos ignoram: por trás das telas e logotipos, todos esses comunicadores compartilham uma missão comum — levar entretenimento, informação e, acima de tudo, alegria para as pessoas. Ao proporcionar um espaço de protagonismo a esses nomes, Huck demonstrou que o fair play, muitas vezes exaltado em competições esportivas, também pode e deve ser uma realidade na TV.
A noite foi, portanto, um marco não apenas para a TV Globo, mas para a televisão brasileira como um todo. Em tempos em que a audiência pode ser pulverizada em múltiplas plataformas, criar momentos de união e diálogo entre emissoras é um feito raro. Huck não só reconheceu a relevância de cada profissional ali presente, mas também criou uma ponte inédita ao simbolicamente transmitir, mesmo que por um instante, a essência de quatro emissoras diferentes em uma mesma cerimônia.
É impossível não traçar paralelos com a filosofia de Silvio Santos, que sempre prezou pela boa relação entre concorrentes e pela capacidade de inovar. Huck, ao homenagear Patrícia Abravanel e exaltar o legado do apresentador, mostrou que carrega consigo essa mesma visão de que o futuro da comunicação está na colaboração, e não na rivalidade. Com inteligência e sensibilidade, ele ressignificou o papel do apresentador como um catalisador de encontros e ideias.
Aliás, Luciano Huck, a cada ano, se reafirma como um comunicador que vai além do óbvio. Ele não apenas une diferentes públicos, mas também diferentes histórias, diferentes emissoras e diferentes gerações. Em tempos de tantas divisões, ele provou que a televisão ainda pode ser um espaço para a celebração da pluralidade e da conexão humana. Que venham os próximos programas, porque o Huck de 2024 nos mostrou que a TV brasileira continua mais viva do que nunca.
Fonte iG