Fiscais do Crea-RJ no RTM 2024
‘Eu me sinto muito mais seguro em ter a fiscalização do Crea-RJ aqui’. A afirmação é do empresário Ricardo Bräutigam, designer gráfico, sócio fundador e diretor-geral, artístico e criativo do Festival de Música Rock The Mountain (RTM), que acontece desde 2013 no distrito de Itaipava, em Petrópolis, na Região Serrana do Estado do Rio. As instalações do festival, que reúne por noite cerca de 20 mil pessoas, receberam mais uma visita técnica da fiscalização da Equipe de Trabalho de Grandes Eventos, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), na sexta-feira, dia 14 de novembro, segundo final de semana do RTM.
“A gente vê o evento sendo montado e tenta fazer tudo conforme as regras. Sempre tem uma coisinha ou outra para ajustar. Então, sempre passa alguém na fiscalização (do Crea-RJ), que dá um toque, isso aqui precisa ser assim, aquilo ali precisa daquele tipo de alvará, de acertar detalhes. E eu acho que tudo isso faz com que a gente se sinta mais seguro e que receba com mais segurança o público ao longo dos dias de festival”, destacou o empresário Ricardo Bräutigam, que se inspirou no festival de música Coachella Valley Music and Arts, que já visitou 11 vezes na Califórnia (EUA), sem contar outros festivais de música pelo mundo todo.
Com a apresentação de mais de cem artistas – que vão de Zeca Pagodinho a Anitta, o Rock The Mountain tem uma estética psicodélica dos anos 1960 e 1970, com obras de pop arte e um público ímpar, que vem de todo canto do país. No rastro do movimento ESG (Meio Ambiente, Social e Governança), o festival acabou de alcançar uma grande conquista: deu início ao processo de certificação ISO 20121, que é um selo de garantia de gestão de sustentabilidade de eventos.
A pegada sustentável do Rock The Mountain se verifica em números. Primeiro festival de música no Brasil a não permitir circulação de latas de alumínio, garrafas de vidro ou garrafas plásticas descartáveis, a gestão de resíduos do evento tem coleta seletiva e compostagem, que recicla mais de 90% do lixo. A cenografia reutiliza 80% dos materiais de anos anteriores. Com a oferta de alimentação 100% vegana, o festival economiza 100 milhões de litros de água. Apesar de estar incrustado numa área de 80 mil metros quadrados do Parque Municipal Paulo Rattes, em Itaipava, o festival promete total acessibilidade, tem canais de denúncias contra assédio sexual e apoio a cinco grandes projetos socioambientais da região.
Com quatro dias de shows em dois fins de semana em 11 palcos, além de brinquedos como roda-gigante e tirolesa, o festival dá uma contribuição pujante à economia de Petrópolis, cidade imperial da Região Serrana. O diretor de produção, Daniel Scatena, informa que o evento injeta cerca de R$ 100 milhões por ano na economia local, gerando mil empregos diretos e outros cinco mil indiretos. Segundo ele, a taxa de ocupação hoteleira atingiu 99% com o feriado e o megaevento.
“O Crea nos ajudou muito esse ano com os processos que a gente precisava. Fiz visitas constantes à Inspetoria do Crea em Petrópolis. Temos 21 adesivos com QR codes colados nos equipamentos, em que a gente pode ver a documentação da ART, com todos os dados dos responsáveis técnicos”, explicou Scatena.
A compreensão do trabalho da fiscalização do Crea-RJ pelos organizadores do festival, confirmando que o trabalho dos fiscais é acima de tudo pedagógico, serviu de grande estímulo à Equipe de Trabalho de Grandes Eventos, do Crea-RJ.
“A engenharia está presente aqui, com mais de 30 profissionais de cinco empresas, mais de 50 ARTs e 21 tags de QR-Code com informações técnicas, neste grande evento. É uma mostra de que a engenharia está presente nos grandes eventos de toda a nossa sociedade, garantindo emprego e todas as condições de trabalho necessárias, ajudando a garantir a segurança da população”, afirmou o superintendente técnico do Crea-RJ, engenheiro Leonardo Dutra.
“Esse evento tem uma grande pegada de sustentabilidade, dentro do que se exige das empresas e da sociedade hoje, com cuidados raros na gestão de resíduos”, observou Cosme Chiniara, gerente de fiscalização do Crea-RJ.
Os fiscais da Inspetoria do Crea em Petrópolis lembraram que atuaram no festival bem antes do início dos trabalhos no local.
“Estamos muito felizes que os organizadores do festival compreenderam muito bem nosso trabalho na fiscalização dos profissionais e das empresas. O trabalho da fiscalização do Crea-RJ se revela cada vez mais importante em grandes eventos como o festival Rock The Mountain, que dão bastante visibilidade à nossa região”, afirmou o fiscal Carlos Henrique Durce, que é geógrafo.