Talita Younan fala de viver vítima em ‘O Maníaco do Parque’

Foto: BrazilNews


A atriz Talita Younan, de 32 anos de idade, esteve no Festival do Rio, neste sábado (12), no Rio de Janeiro, para o lançamento do longa O Maníaco do Parque. O longa, que conta a história do serial killer brasileiro, é a gala de encerramento do 26º Festival do Rio e foi exibido no icônico Cine Odeon, no Centro da Cidade.

O longa é dirigido por Maurício Eça, com roteiro de L.G. Bayão, conta a história do motoboy Francisco de Assis (Silvero Pereira), que foi condenado por atacar 23 mulheres e assassinar 10 delas nos anos 1990. Ele cometia os crimes, e escondia os corpos, no Parque do Estado, em São Paulo, e por isso o codinome. Produzido pela Amazon MGM Studios, o filme tem estreia marcada para o dia 18 de outubro no Amazon Prime Video.

A narrativa do longa vai além dos crimes e busca mostrar quem era aquele assassino. Os detalhes da sua psicopatia são revelados por Elena (Giovanna Grigio), uma repórter iniciante que enxerga na investigação dos crimes cometidos pelo maníaco a grande chance de sua carreira. Para o diretor, a personagem é a protagonista do filme.

Em papo com a imprensa, Talita Younan contou que sua participação é pequena, mas muito marcante, especialmente por ser uma das vítimas reais do assassino.

“Digo que foi o menor trabalho que fiz, porque foi uma participação muito pequena, mas foi o trabalho mais difícil da minha vida. Porque foi muito intenso e o trabalho da atriz é muito do que é antes, da preparação e esse foi muito profundo e intenso. É um trabalho muito delicado e uma história que nós todos lembramos, está na nossa memória o maníaco. Então, representar uma pessoa que sobreviveu a isso, uma pessoa que vive ainda, que existe, foi muito forte pra mim e estou ansiosa para ver esse resultado”, contou ela.

Em um país que vemos tantos crimes de feminicídio todo os dias, como o Brasil, ela disse que o drama “é ainda maior e que interpretar uma das vítimas mexeu muito com ela, inclusive afetando sua saúde mental.

“[Mexe mais], com certeza. Por isso tem que fazer tanta terapia. É um recado importante para a sociedade. Esse filme é sobre as vítimas de fato, sobre quem sobreviveu, sobre as famílias e é importante por isso, para essas pessoas. Mas é delicado, a gente sofre também. Para mim foi o trabalho mais difícil de toda a minha vida. Saí mexida de lá. Fiz terapia durante muitos meses para cuidar de mim, porque mexe muito com o coração”, finalizou.

Fonte Revista Quem

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