O AC/DC encerrou na noite do último sábado (17) a sua turnê europeia “Power Up” no palco do Croke Park, em Dublin, na Irlanda. A apresentação foi a 24ª da série de shows em solo europeu, iniciada em 17 de maio na cidade de Gelsenkirchen, na Alemanha, marcando a primeira turnê da banda em oito anos.
A última série de shows dos caras tinha sido a turnê “Rock or Bust” de 2016, na qual o vocalista Brian Johnson precisou se afastar do grupo devido à perda auditiva, com Axl Rose, do Gusn N’Roses, recrutado para a realização dos shows finais.
Embora o AC/DC jamais tenha admitido que pense em parar, o encerramento desta turnê, que contou com o retorno de Johnson, levou fãs a discutirem nas redes sociais a possibilidade de aposentadoria da banda por conta da idade de seus integrantes, das baixas em sua formação e agenda sem previsão de shows.
O baixista Cliff Williams se aposentou oficialmente dos palcos no final de 2016, ele retornou apenas para as sessões do álbum “Power Up”, em 2020, e a recente apresentação do festival Power Trip, em outubro do ano passado. Chris Chaney foi quem assumiu o baixo nessa turnê europeia. Na bateria, Phil Rudd gravou o último álbum da banda, mas não retornou para as performances ao vivo, que contaram com o antigo colaborador Matt Laug. Outro desafio que o AC/DC enfrentou foi a morte em 2017 de Malcolm Young, guitarrista fundador e considerado a alma da banda. Seu sobrinho Stevie Young assumiu a vaga para gravar “Power Up” e se apresentar ao vivo.
São enormes desafios para um grupo de rock veterano, com indicativos de que a aposentadoria é o destino mais provável. Só que estamos falando de AC/DC, uma banda que ao longo de sua jornada perdeu o vocalista, se reinventou e produziu o disco de hard rock mais vendido de todos os tempos (“Back in Black”). Não dá pra falar em parar!
Após o lançamento de “Power Up”, Angus Young afirmou à Classic Rock em 2021 que ele e Malcolm registraram riffs suficientes para vários outros álbuns. Brian Johnson também fez declaração semelhante à NME: “Há mais do que o suficiente para outro álbum, provavelmente dois”. O décimo oitavo trabalho de estúdio do grupo deverá chegar em algum momento e, claro, eles vão se esforçar para promovê-lo em concertos ao vivo ao redor do mundo. Não dá pra falar em parar, mesmo!!!
