O mais novo festival do Rio, o 90’s Festival, celebra a diversidade de ritmos e estilos do período numa mescla que reúne MPB, Rock, Soul, Funk, Axé, Reggae e Forró. Para os artistas que tiveram seus primeiros hits explodindo na década, o evento será palco para uma viagem no tempo, conduzindo aos primeiros passos na carreira. O festival acontece entre os dias 19 e 21 de julho, na Marina da Glória.
Pioneiro do hip hop brasileiro, Gabriel O Pensador completou três décadas de carreira no ano passado, celebrando ao som dos versos de “Profecia”, que diz – ‘até hoje, quando eu faço rap, o meu braço arrepia / 30 anos não são 30 dias’. Ao longo da estrada, o artista retrata mazelas políticas e sociais, alienação, comportamento e crônicas do cotidiano através de hits e feats com artistas de outros gêneros como Lulu Santos, parceiro em “Cachimbo da Paz”, e Moreira da Silva, em “Amigo Urso”.
Já Ed Motta botou para quebrar em 1997, com o álbum “Manual Prático para Festas, Bailes e Afins”, mesclando gêneros como Rock, Blues, Soul, Funk, Jazz, Classic-rock e Música Clássica em canções como “Vendaval” e “Fora da Lei”. O cantor foi além, aplicando suas referências musicais também em filmes, como a música-tema do longa-metragem “Pequeno Dicionário Amoroso”.
O reggae ensaiava seus primeiros passos por aqui quando surgiu a banda Cidade Negra que, em 1994, convocou Toni Garrido para ser o vocalista. A partir de sua entrada, o Cidade passou a ter um perfil melodicamente mais pop, mas sem fugir ao universo do reggae. Conclusão: fez do CD “Sobre Todas as Forças” campeão de vendas, atingindo três milhões de cópias vendidas, estourando músicas como “Aonde Você Mora”, “Pensamento” e “Doutor”. Lançado em 1996, o disco “O Erê”, emplacou o CD Duplo de Platina.
O emergente funk carioca dava as caras na transição dos anos 80 para os 90 quando Fernanda Abreu, a eterna garota carioca suingue sangue bom, foi levada para um baile da pesada. A banda Blitz já tinha acabado e a artista começava a delinear sua assinatura no pop nacional. A partir da experiência, produziu um show com pegada funkeada e roteiro calcado em sucessos da disco music, gênero desprezado na época. A apresentação foi a semente para uma nova era, valorizando a dance music, a figura do DJ e o sample, usado de forma pioneira no Brasil pela artista. “A noite é feita para dançar”, sentenciou Fernanda, que acrescentou o rap e o samba ao seu já fervido caldeirão.
Homenageado por Fernandinha em “Brasil é o país do suingue”, DJ Marlboro surfa a onda da cultura funk carioca desde sempre, tendo liderado por anos a audiência em programas de rádio. Pioneiro do movimento, Marlboro coloca milhares de pessoas para dançar nos bailes espalhados pelo Rio – mas que também já sacudiram capitais como Nova York e Londres. Contemporânea de Marlboro, a equipe de som Furacão 2000 arrasta uma multidão para seus eventos há mais de 40 anos. Além de produzir bailes, a empresa revelou talentos ao longo dos anos 90, como Mr. Catra e MC Marcinho.
Com hits que iam do funk ao pop, Claudinho & Buchecha saíram da periferia do Rio de Janeiro para agitar o cenário musical com canções como “Quero te encontrar”, “Nosso Sonho” e “Conquista”. Após a perda do parceiro, Buchecha, seguiu levando a alegria da dupla para a década e o milênio seguintes. Também cria do subúrbio, Valesca Popozuda explodiu como vocalista e fundadora do grupo “Gaiola das Popozudas” com os hits “Late Que Eu Tô Passando” e “Agora Sou Solteira”. Em carreira solo, tirou onda com “Beijinho no Ombro”, indicado às categorias de ‘’Melhor Clipe” e ‘’Música Chiclete’’ no Prêmio Multishow de Música Brasileira.
O rock foi um dos estilos que ganhou novos nomes na década de 90. Entre eles, O Rappa, banda do vocalista Marcelo Falcão que alçou voos altíssimos a partir do álbum “Rappa Mundi, lançado em 1996. Ao longo de 25 anos, foram 13 projetos e mais de 180 milhões de cópias vendidas. Desde 2019 o cantor segue em carreira solo fazendo shows e produzindo discos, videoclipes, DVD e documentário. As apresentações de Falcão trazem músicas novas, mas, claro, também os hits que remetem à década que foi embalada por dezenas de canções da banda que são sucesso até hoje, como “A Feira”, “Pescador de Ilusões”, Me Deixa” e “Minha Alma”.
Canções atemporais são também a marca registrada do Charlie Brown Jr. A banda formada por cinco skatistas de Santos liderados pelo vocalista Chorão foi do underground ao topo do cenário musical ao explodir em 1997, com clássicos como “Proibida Pra Mim”, “Zoio de Lula”, “Rubão”, “Só os Loucos Sabem”, “Papo Reto” e “Céu Azul”. As músicas fazem parte do repertório do Projeto CBJR 30 anos, comandado pelos guitarristas Marcão Britto e Thiago Castanho, fundadores do grupo, e que desde 2022 roda o país em uma celebração à história, ao rock e aos fãs da banda.
A mistura do rock visceral no estilo Ramones com o forró de duplo sentido deu origem à banda Raimundos, que levou o “mosh” para os shows eletrizantes embalados por canções como “Eu quero ver o Oco”, “Puteiro em João Pessoa” e “Palhas do Coqueiro”. Até mesmo as músicas românticas não deixam ninguém ficar parado, como “Mulher de Fases”, Selim”, “A mais pedida” e “I saw you sayng”. Numa pegada similar, o CPM 22 surgiu influenciado pelo punk rock e o hardcore, com músicas rápidas e melódicas, tendo como maior influência a cena pós punk californiana dos anos 90. Entre os sucessos, “Regina Let ́s Go”, “Tarde de Outubro”, “Anteontem” e “O Mundo Dá Voltas”.
No final da década, quando a Internet ainda era novidade, a banda Detonautas foi formada a partir de um chat e chegou com o pé na porta. De cara, lançou e emendou sucessos como “Outro lugar”, “Você me faz tão bem”, “Olhos certos”, “Quando o sol se for” e “Retorno de Saturno”, sempre presentes nos shows do grupo.
Na good vibe do ritmo jamaicano, a banda Dread Lion lançou o hit “Oh Chuva!”, que volta a ser cantada pelo grupo no 90´s Festival depois de um hiato de 10 anos. O retorno do grupo aos palcos coincide com as comemorações de 30 anos de carreira do vocalista, guitarrista e líder do Dread, Luis Carlinhos. Fechando a década, o Ponto de Equilíbrio chegou misturando reggae com hip hop, rap e maracatu e emplacando sucessos como “Árvore do Reggae” e “Coisa Feia”.
Com uma levada com pitadas de reggae, retrô, rock e MPB, o baiano Maurício Baia conquistou o coração dos cariocas com a banda Baia & Rockboys. O grupo era presença garantida em festivais como O Baú do Raul, Luau da Farme e Verão no Arpoador, onde abriu o show de Jorge Ben Jor para um público de vinte mil pessoas. Baia foi um dos organizadores do Festival Sexta Sim, no Teatro de Lona da Barra, que marcou a década e a região. Por lá, passaram vários nomes da geração 90, como Marcelo D2, O Rappa, Natiruts e Dread Lion.
O Teatro de Lona abrigou também o Farofa Carioca, banda que fechou a década com uma mistura cultural única a partir de sua própria formação, com tantan, tambor, cavaco, flauta, baixo, trombone, violão e vozes inconfundíveis. O grupo extrapolou os limites da Cidade Maravilhosa com as músicas do álbum ‘Moro no Brasil’, de 1998, como “São Gonça” (Pretinha) e “A Carne”, que fizeram e fazem sucesso em todo o país.
Corta para a Bahia, onde, em 92, Daniela Mercury lança o disco “Canto da Cidade”, encantando o Brasil e o mundo e consolidando o axé como gênero musical. Em seguida foi a vez da Timbalada descer as ladeiras do Candeal, sob as bênçãos de Carlinhos Brown, e revelar a cultura afro-brasileira e sua percussão cheia de suingue em mais uma revolução na música baiana. Na sequência de sucessos, canções como “Beija-Flor”, “Toque de Timbaleiro”, “Namoro a Dois”, “Mimar Você” e “Margarida Perfumada” embalaram a década.
O axé music explodiu de vez com É o Tchan, uma das bandas de maior sucesso nacional e internacional dos anos 1990, com dez milhões de discos vendidos. Nascido como Gera Samba nos subúrbios de Salvador, o grupo comandado pelos vocalistas Beto Jamaica e Compadre Washington levou hits como “Pau que Nasce Torto” e “Boquinha da Garrafa” até para o Montreaux Jazz Festival, em 97.
Os festivais de forró como o de Itaúnas (ES) espalharam o ritmo nordestino pelo Sudeste afora no início dos anos 90, lançando bandas como Forroçacana, que juntou forró com samba, choro, rock, reggae e música oriental. Também o Raiz do Sana se propôs a fundir xotes, xaxados, maracatus e baiões com ritmos e elementos que iam da salsa ao soul, garantindo um repertório dançante com canções autorais e a fina flor da música regional brasileira.
Em 1990, o manguebeat agitava o Recife, inspirando o surgimento de Mestre Ambrósio, uma das mais importantes bandas do movimento. Nas mensagens, a importância da diversidade e da valorização da cultura brasileira, dois elementos centrais do manguebeat, retratados em canções como “Pé de Calçada”, “Se Zé Limeira Sambasse Maracatu”, “Vó Cabocla”, “Fuá Na Casa de Cabral”, ”Pescador”, ”Coqueiros”, ”Sóis” e ”Os Cabôco”.
O 90´s Festival é idealizado pela PECK com realização da ALS e patrocínio da ICATU e da Estácio via Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, pela Claro e Amstel.
LINE UP:
19 de julho, sexta-feira:
Gabriel O Pensador, Fernanda Abreu, Ed Motta, Cidade Negra, Buchecha, Valeska Popozuda, Furacão 2000 e DJ Marlboro.
20 de julho, sábado:
Charlie Brown JR, Detonautas, CPM 22, Marcelo Falcão, Raimundos, Dread Lion, Ponto de Equilíbrio, Farofa Carioca e Baia.
21 de julho, domingo:
Timbalada, É o Tchan, Daniela Mercury, Raiz do Sana, Mestre Ambrósio e Forroçacana.
SERVIÇO:
90’s Festival
Data: 19, 20 e 21 de julho de 2024
Local: Marina da Glória – Av Infante Dom Henrique, s/n, Glória
Horários de abertura dos portões: sexta às 19h, sábado às 17h, domingo às 15h
Classificação: 18 anos
Ingressos:
1º lote: de R$80 a R$280.
* Meia-entrada prevista na lei;
** Ingresso solidário com desconto de 40% mediante a doação de 1kg de alimento não perecível;
* Clientes Claro têm direito a meia-entrada com o cupom disponível na plataforma da operadora, durante a pré-venda.
Onde comprar:
19 de julho, sexta-feira:
https://www.ingresse.com/90s-festival-sex-1907/
20 de julho, sábado:
https://www.ingresse.com/90s-festival-sab-2007/
21 de julho, domingo:
https://www.ingresse.com/90s-festival-dom-2107/
Sobre a PECK
Mais de 1,5 milhão de pessoas vivenciam todos os anos os grandes shows e festivais realizados pela PECK. A excelência dos eventos da produtora carioca tornou a empresa uma das mais queridas pelas grandes marcas patrocinadoras de Cultura no país. São cerca de 20 labels e projetos proprietários de sucesso, como o I 🖤 PRIO Festival de Inverno, com sete edições, do PRIO Blues & Jazz Festival, Clássicos do Brasil, Claro Verão Búzios, o novíssimo 90’s Festival, entre muitos outros. Atuando no Rio, onde está sediada, São Paulo e Espírito Santo, a PECK é uma empresa de criação de experiências por meio da música, com uma agência própria e dedicada full time ao seu calendário de eventos. O resultado é a excelência tanto no retorno ao patrocinador e parceiros quanto na experiência inesquecível para o público.