Vasco suspende ação na Justiça contra a 777 por 90 dias, em acordo com seguradora

A diretoria do Vasco decidiu suspender a ação na Justiça contra a 777 Partners por 90 dias. A medida foi tomada em acordo com a A-CAP, seguradora americana que assumiu o controle da 777. As conversas envolvem a empresa Moelis, especializada em reestruturação financeira, e sinalizam a busca por negociação futura do futebol vascaíno.

Foto: Lucas Figueiredo/Getty Images

Nesse período de suspensão da ação, continua válida a liminar de maio que deu o comando da SAF ao clube associativo. Assim, a diretoria de Pedrinho segue à frente do futebol vascaíno.

Hoje, não há mais conversas com a 777, que deixou de controlar o futebol do Vasco tanto pela ação judicial do clube de dois meses atrás – esta que será suspensa – quanto pelas dívidas que levaram a companhia de Josh Wander a ser assumida pela seguradora americana A-CAP. O clube de São Januário confia no interesse mútuo junto à seguradora de vender a SAF para novo investidor. A A-CAP não quer ficar no Vasco.

O presidente do Vasco, Pedrinho, disse em coletiva recente que há conversas em andamento para a venda do futebol do clube. A diretoria tem sinalização de interessados de dentro e fora do Brasil e entende que o movimento da ação contra a 777 foi positivo até a chegada do estágio atual, com acordo com a seguradora que administra a “massa falida” do antigo parceiro vascaíno.

O que se sabe hoje é que as exigências de pagamento à vista e de valores colocados pela 777 Partners antes já não existem mais. O antigo proprietário do futebol do Vasco queria U$S 120 milhões – cerca de R$ 600 milhões, mais o restante do previsto em contrato firmado com o Vasco. O que significava um compromisso de negócio de cerca de R$ 1 bilhão.

Hoje, a expectativa é de que essa revenda se dê em outros níveis, de acordo com a demanda do mercado – uma negociação provavelmente mais barata para os interessados.

A diretoria de Pedrinho também tenta alinhar com os potenciais compradores uma filosofia de projeto esportivo e de maior participação em decisões estratégicas. Uma das críticas do presidente do Vasco à 777 era de que não havia ambição de conquistas, citando acordos de bônus por não rebaixamento em alguns casos de negociações.

Pedrinho tem dito publicamente – o que também foi alvo de questionamentos nos conselhos do clube – que vai manter os salários em dia e honrar com os compromissos financeiros até o fim de 2024.

Enquanto suspende a ação na Justiça, a arbitragem na FGV segue em curso. O Vasco e A-CAP entendem que o desenrolar do julgamento nesta câmara também é importante para qualquer avanço de negociação de venda do futebol do clube.

Veja a nota oficial do Vasco:

“A Diretoria Administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama, no seu compromisso com a transparência e com a defesa do clube, informa que as conversas com A-Cap, atual mandatária da 777 Partners, avançam no sentido da colaboração para que os interesses vascaínos sejam atendidos.

Para isso, a ação, em trâmite perante a 4a Vara Empresarial do Rio de Janeiro, deverá ser suspensa em comum acordo entre as partes por 90 dias. Tal medida visa dar ainda mais estabilidade e tranquilidade para a VascoSAF tanto para as suas operações diárias como para a perspectiva de um futuro à altura da história vascaína”.

Fonte ge

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