Na quarta-feira, 19 de junho, data em que se comemorou o Dia do Cinema Brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um investimento de R$ 1,6 bilhão para a produção de filmes e séries no Brasil.
A cerimônia contou com a presença do, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e de artistas como a atriz Camila Pitanga. Durante o evento, Lula fez declarações enfáticas sobre o papel da arte na sociedade. Ele afirmou que artistas, novelas e cinema não servem “para ensinar putaria” e sim “cultura”.
“Eu sou da turma em que artista, cinema e novela não é para ensinar putaria. É para ensinar cultura. É para contar história, é para contar narrativas e não para dizer que nós queremos as crianças coisas erradas. Não, nós só queremos fazer aquilo que se chama arte. Quem não quiser entender o que é arte, dane-se,” disse o presidente Lula, reforçando a importância da arte na educação e na cultura.
Resistência às críticas
O presidente também abordou as críticas que a classe artística enfrenta e enfatizou a necessidade de defender a liberdade da classe.
Lula prometeu orçamento alto para a Cultura
“O que nós não podemos é ter medo de fazer esse debate. Muitas vezes aparece um maluco aí, falando bobagem, gritando bobagem, xingando bobagem e a gente fica quieto. Não, nós temos que defender o nosso direito,” afirmou.
Em contrapartida, ele encorajou os artistas a não se calarem diante das críticas e a continuarem a lutar pelo reconhecimento e valorização da arte. O presidente também destacou a importância de regulamentar os vídeos sob demanda (VOD) e pediu que o setor audiovisual dialogue com os congressistas para atualizar a legislação, por fim.
“É importante que a marcação seja homem a homem, mulher a mulher. Eu acho que a gente tem condições de fazer uma regulamentação para que esse país se torne um país livre, soberano e dono do seu nariz. Dono dos seus artistas, dono da sua arte e dono do nosso futuro,” declarou Lula.
Como será o investimento do governo Lula no audiovisual
O Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) destinará R$ 1,6 bilhão para a produção de filmes e séries brasileiras em 2024, ou seja, um valor recorde e 23% superior ao do ano anterior. Entre as iniciativas, o Ministério da Cultura destacou um investimento de R$ 200 milhões em coproduções internacionais, envolvendo 476 projetos de 47 países.
Além disso, R$ 400 milhões serão destinados a projetos de infraestrutura, com foco na expansão da rede de cinemas fora do eixo Rio-São Paulo.
O presidente Lula assinou o decreto de lei 14.814/2024, que regulamenta a cota de exibição de produções audiovisuais brasileiras nos cinemas, vigente até 2033. A lei visa valorizar o cinema nacional ao exigir que empresas e cinemas incluam e mantenham obras brasileiras em suas programações, observando sobretudo um número mínimo de sessões e diversidade de títulos.