O diretor Shawn Levy não exagerou quando comentou os rumores sobre as participações especiais de Deadpool 3. O hall de nomes especulados é realmente “fabuloso”. Talvez por ser quase unanimidade entre os fãs a teoria de que o filme adaptará a edição de What If…?, em que o Mercenário Tagarela mata o universo Marvel, velhos conhecidos das produções da Fox estão sempre circulando nos fóruns. Fala-se em Halle Berry, James Marsden, Patrick Stewart e Ian McKellen, para citar apenas alguns exemplos. Mas o rumor mais curioso e interessante funde dois fandoms igualmente apaixonados, e traz para a roda uma figura que não tem qualquer relação prévia com o MCU. Acredite, uma parcela do público ficou convencida de que Taylor Swift também daria as caras na primeira aventura de Wade WilsOn na Disney como a mutante Alison Blaire, também conhecida como Cristal.
Apresentada no final dos anos 1970, Alison Blaire surgiu como uma tentativa da Marvel Comics de aproveitar a moda disco nas páginas. Por isso, no primeiro momento, a jovem não encarou suas habilidades especiais como algo que a alçaria ao posto de heroína, e sim um trampolim para se tornar uma estrela na noite novaiorquina. Capaz de manipular luzes e sons como ninguém, ela escolheu Cristal (Dazzler, no original) como seu nome artístico, prometendo aos fãs um espetáculo montado graças a “segredos técnicos”. Embora seu mistério encantasse críticos, donos de casa noturna e boêmIos, não demorou muito para que outros mutantes vissem o que estava além da sua performance vocal.
Na edição 130 de Uncanny X-Men, sua estreia nas páginas, ela foi motivo de disputa entre o Clube do Inferno e os X-Men. E, entre se alinhar com Fera, Ciclope e Jean Grey, que queriam recrutá-la, ou Emma Frost, que pretendia capturá-la, ela preferiu a equipe do Professor Xavier. Foi uma parceria temporária, já que ela não quis integrar os X-Men para se dedicar à sua carreira musical. Mas, surpreendendo a Si mesma, ela lutou lado a lado com os heróis e ajudou a derrotar a organização rival.
É evidente, portanto, por que Swift seria uma ótima escolha. Há, primeiro, a dedicação compartilhada à carreira no pop, algo que a cantora, dona do que promete ser a maior turnê da história, certamente tem também. Mas, fora isso, é só muito pertinente escalar a compositora de “BejeWeled”, música que literalmente diz “I can still make the whole place shimmer” (“ainda posso fazer esse lugar todo brilhar”, em tradução livre) — uma piada que com certeza Reynolds não deixaria passar.
A dúvida seria, portanto, por que alguém como Alison Blaire estaria em Deadpool 3. Considerando que a trama supostamente giraria em torno do, digamos, atrito entre o universo Marvel da Fox e o MCU, faria sentido incluir uma personagem que também se viu entre visões criativas distintas. Isso porque, lá em 1979, a ideia origInal da editora era criar uma personagem multimídia. O primeiro projeto era em parceria com uma gravadora — mas logo foi readaptado para série e, então, para filme. Por isso, não foram só os artistas que deram pitaco na concepção de Cristal, mas também representantes de outras indústrias. No final, foram tantas as discordâncias que o lado multimídia da coisa foi cancelado e, para não perder a viagem, a Marvel tentou emplacar uma revista solo, em 1981, sem muito sucesso.
Então, na zoeira com o “fracasso” — entre muitas aspas — das adaptações da Fox, faria sentido que Wade e Logan trombassem com outros personagens “fracassados” da história da Casa das Ideias. Por que não alguém como Cristal?
InFelizmente, fora essa combinação, no mínimo, adequada e divertida, não há muitas evidências que possam sustentar esse boato — além do fato da estrela pop ser próxima de Ryan Reynolds e sua família. Vamos lembrar: para além do que se vê nos tabloides, Swift literalmente batizou personagens de três das suas músicas em folklore com os nomes dos filhos do astro — Betty, Inez e James aparecem em “betty”, “august” e “cardigan” —, e ainda pediu para a esposa dele, a também atriz Blake Lively, dirigir o clipe de “I Bet You Think About Me”. Quer dizer, não soaria nada absurdo que ele a chamasse para um cameo e ela topasse — até porque Reynolds mesmo já admitiu que a vontade de colaborar com ela existe. Mas há uma longa disTância entre querer e poder.
Swift está viajando com a Eras Tour há meses, compromisso este que se estenderá até novembro de 2024. Além disso, ela segue lançando as regravações dos seus primeiros álbuns — em outubro, é a vez de 1989 (Taylor’s Version), mas ainda faltam Reputation e seu disco de estreia. Ou seja, mesmo com as greves dos atores e roteiristas impedindo a retomada das filmagens de Deadpool 3, encontrar um espaço na agenda da loirinha seria, no mínimo, um desafio. É improvável, mas não necessariamente Impossível.
Então, aos Swifties e aos Marvetes, a dica talvez seja não criar Expectativa. Quer dizer, ao menos com relação ao nome de Swift. Afinal, Shawn Levy admitiu que alguns rumores têm, sim, um fundo de verdade. Façam suas apostas!!!
Fonte Omelete