Demi Lovato, de 31 anos de idade, falou sobre autoconhecimento e como acredita ter evoluído após cinco idas para a reabilitação, na noite de segunda-feira (3). A cantora se abriu a respeito do assunto ao médico Charlie Shaffer, filho de Anna Wintour, no The Center For Youth Mental Health, em Nova York (EUA).
“Já estive em tratamento hospitalar cinco vezes e há algo que, cada vez que voltava para um centro de tratamento, me sentia derrotada. Acho que o vislumbre de esperança foi quando comecei a fazer um trabalho, um programa ou conversar com minha equipe de tratamento e construir relacionamentos, quando comecei a encontrar alegria e as pequenas coisas da vida. E isso era algo que antes era tão estranho para mim porque eu estava acostumada a não ver esperança”, disse.
Demi disse que “as coisas definitivamente pareciam diferentes” após seu quinto tratamento de saúde mental. “Parecia que tinha chegado ao fundo do poço e sabia o que precisava fazer, que era viver uma vida em recuperação. E isso foi algo que adiei por tanto tempo”, compartilhou, relatando ainda que tinha preconceito com medicação.
“Eu também precisava da medicação certa. Acho que, para mim, a medicação me ajudou tremendamente. Ajuda tremendamente muitas pessoas, e eu pensava ter atingido outro ponto baixo. Pensei ‘o que estou fazendo de errado?’ Eu me senti derrotada. Mas então, quando todas as peças principais começaram a se encaixar como um quebra-cabeça perfeito, comecei a encontrar a luz novamente”, avaliou.
Lovato disse que receber tratamento permitiu que ela aprendesse que sua saúde mental não é sua “identidade”. “Só quando entrei em tratamento pela primeira vez é que percebi que não sou quem eu sou. É apenas uma parte do que me faz, o que significa que minhas lutas me transformaram na cerâmica que você vê hoje, mas nunca se tornou minha identidade desde então. Tornou-se algo em mim que me torna um pouco interessante”, conta, dizendo ser grata pelo que superou.
Fonte Revista Quem