Arnaldo Antunes, Branco Mello, Charles Gavin, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto subiram ao Palco Samsung Galaxy para colocar um ponto final na turnê que reuniu a formação clássica da banda e que já entrou para história do nosso rock nacional.
Para a abertura da apresentação, Paulo Miklos comandou “Diversão”, Arnaldo Antunes mandou “Lugar nenhum” e Sérgio Britto “Homem Primata”.
Branco Mello, que se recupera de cirurgias na língua e na entrada do esôfago, emocionou o público ao dizer “Eu estou curado, vivo e vou cantar agora”. Ele comandou “Tô Cansado” e ainda voltaria à frente do palco para cantar “Eu não sei fazer música”, “Cabeça Dinossauro” e “Flores”.
As canções “Igreja”, “Nome Aos Bois”, “O Pulso” e “Comida” integraram a primeira parte da apresentação. Antes do set acústico, Sérgio Britto disse: “A gente tocou para o nosso público nesta turnê e esta é a primeira vez que a gente toca para um público mais diversificado [festival de música em São Paulo], mas a gente descobriu que vocês também são os nosso público”.
Uma sequência de “Epitáfio”, “Os Cegos do Castelo” e “Pra Dizer Adeus” mergulhou o Autódromo de Interlagos em um clima emocional, que se acentuou com a presença de Alice Fromer, filha do saudoso guitarrista Marcelo Fromer. Ela foi convidada pela banda para interpretar “Toda Cor”, uma das músicas do catálogo dos Titãs da qual seu pai é coautor.
Os Titãs dedicaram “É preciso saber viver” para o pioneiro do rock nacional Erasmo Carlos e ainda entregaram outros clássicos, como “Família”, “Go Back”, “Televisão”, “Porrada”, “Polícia”, “Bichos Escrotos”, “Marvin” e “Sonífera Ilha”, ou seja, os caras mostraram músicas que ocupam a memória afetiva dos brasileiros, uma fórmula nada secreta do sucesso da reunião de uma das bandas que melhor representam o nosso rock nacional. Uma grande despedida em um festival de música.
Não citamos o nome do festival por um motivo simples, não quiseram nos credenciar no evento, somos uma das maiores rádios da Argentina, onde nesse mesmo festival tivemos um grande espaço no país vizinho, mas aqui no Brasil, pois bem, deixa pra lá, viva os Titãs e o Rock Nacional!