O cenário ambiental apresentado no ano passado, irá influenciar economicamente a conta de luz . O ano de 2023 foi marcado por secas, ondas de calor e queda na geração eólica , que irão custar R$ 700 milhões a mais para quem compra energia diretamente das distribuidoras , segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O impacto tarifário será de 0,3% em média , com sua aplicação sendo incluída nos próximos reajustes. Esse valor se dá por conta do aumento nos Encargos de Serviço de Sistema (ESS), que são usados para pagar usinas termelétricas, acionadas quando o sistema hidrelétrico ou eólico não consegue suprir a demanda energética.
Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o uso das usinas termelétricas foi necessário por conta do aumento de consumo, especialmente por volta das 19h, aumento no uso de ventiladores e ar-condicionado e queda na geração de energia eólica.
Em novembro, inclusive, o consumo de energia no país alcançou níveis recordes, sendo justamente neste período, os meses em que as usinas hidrelétricas de algumas regiões do país produzem menos energia.
Segundo a reportagem do g1, o valor previsto para os Encargos de Serviço de Sistema era de R$ 142,9 milhões, entretanto, as despesas reais custaram R$ 842,3 milhões.
Os valores serão repassados aos distribuidores ou aos consumidores livres, que são as empresas que demandam muita energia, e podem negociar contratos de fornecimento.
Público geral pode ser afetado no futuro
Na última semana, a Aneel aprovou a mudança no sistema de bandeiras tarifárias, permitindo que os valores de Encargos de Serviços de Sistema sejam incluídos nas bandeiras. Portanto, os consumidores passarão a pagar tarifa mais cara.
Os R$ 700 milhões não serão pagos pelo público geral no primeiro momento, entretanto, caso seja necessário o uso elevado de usinas termelétricas em 2024, o consumidor pode sentir no bolso. Com a nova medida, o acionamento das usinas termelétricas irá impactar diretamente na bandeira tarifária em vigor no país.
Fonte iG