Os famosos estão cada vez mais buscando formas de prevenir doenças ou tratá-las antes mesmo de seus sintomas começarem a aparecer.
Uma das formas de fazer isso é por meio de exames, como o Altoida, utilizado recentemente por Helô Pinheiro e por Kika Sato, mãe de Sabrina Sato, para rastrear demências e outras doenças neurodegenerativas.
A redação da Quem foi convidada a realizar o exame não invasivo, que combina biomarcadores digitais, realidade aumentada imersiva e inteligência artificial para rastrear indicativos de doenças neurodegenerativas e demenciais, como Alzheimer, além de queixas cognitivas, cada vez mais comuns após a Covid-19.
O teste serve como diagnóstico?
A ferramenta de predição é certificada pelo Conformité Européenne (CE) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mas, cabe ressaltar, não é, por si só, uma ferramenta que dá o diagnóstico definitivo da saúde do paciente avaliado.
O que o exame se propõe a fazer não é um retrato da saúde cognitiva do paciente, avaliando domínios como coordenação motora, velocidade do processamento cognitivo, de perceber o universo ao seu redor e reagir de maneira apropriada aos estímulos. Domínios como esses são afetados de maneira significativa quando um indivíduo começa a apresentar quadro de doença neurodegenerativa.
O objetivo é que, com o resultado nas mãos, a pessoa possa detectar pontos de atenção e ‘corrigir a rota’ em sua rotina de vida, hábitos ou alimentação, por exemplo, o que pode atenuar o avanço de uma doença, bem como seus sintomas.
Como funciona o teste?
Em uma sala, sem distrações, uma terapeuta e um técnico acompanharam cada repórter que participou dos 15minutos de teste.
Cada indivíduo é convidado a realizar uma série de tarefas simples usando o aplicativo instalado em um tablet. Por meio de realidade aumentada imersiva, você terá que, por exemplo, gravar uma sequência de fatos, encontrar objetos que você mesmo escondeu no ambiente virtual ou reagir a estímulos sonoros e comandos.
Quanto custa o exame?
A ação coletou e avaliou mais de 850 parâmetros simultaneamente para traçar o perfil do paciente. A forma como você segura o aparelho, sua caminhada, hesitação, o rastreio ocular… tudo é percebido pela ferramenta e comparado com outras pessoas avaliadas, de acordo com a sua idade.
Em média, o paciente paga entre R$ 350 e R$ 750 pelo exame com inteligência artificial, mas o valor pode variar de clínica para clínica, além de poder
Conheça as impressões de cada repórter:
“Como tenho histórico de demência na família, estava certa de que meus resultados não seriam dos melhores. Assim que entrei na sala para realizar o teste, fui surpreendida ao saber que a hereditariedade é o fator menos decisivo para este tipo de diagnóstico – e sim, questões relacionadas ao estilo de vida. O teste foi simples e divertidíssimo de realizar, e me senti bastante confiante com o auxílio dos profissionais presentes na aplicação. Descobri que preciso trabalhar a área da flexibilidade da mente – que é a capacidade de mudar a atenção entre tarefas”, diz Gabriela Antualpa, 19 anos, estagiária.
Tirar aqueles minutos do dia para fazer o teste – e prestar atenção nas escolhas que fazia ao fazer o teste – por si só já é muito interessante. No dia a dia, não reparamos no caminho que nossa mente faz para executar tarefas ou lembrar de algo. Me dei conta do quão impaciente e afobada sou no dia a dia. Não prestei atenção em orientações simples na ânsia de fazer tudo rápido e, apesar de pontuar bem no quesito flexibilidade, o resultado geral indicou que tenho muito a melhorar se quiser chegar na terceira idade com a memória e coordenação motora. Me fez repensar minha rotina, e coloquei o pilates na lista de prioridades pra 2024!”, Fabiana Sato, 39 anos, editora.
“Estava bem ansiosa para realizar o teste porque não me considero uma pessoa com uma boa memória e tinha muito medo de ter chances de desenvolver doenças neurológicas com o passar dos anos. No entanto, quando comecei a realizar as atividades, me senti bem confortável. Os exercícios parecem simples, apesar de apresentarem alguma dificuldade. Tive uma boa pontuação que me surpreendeu positivamente e ficou bem distante dos níveis patológicos de desempenho que se correlacionam com a probabilidade da presença de um diagnóstico clínico de demência. Conversando com a profissional que acompanhou o teste, entendi que o problema não está na minha memória, mas no acúmulo de energia que tenho pela falta de atividade física e consumo excessivo de açúcar”, diz Marina Bonini, 41 anos, repórter.
“Realizar o teste foi uma luz para mim, já que sempre tive muitas dúvidas a respeito de doenças neurodegenerativas, com diagnósticos recorrentes na minha família. Confesso que fiquei um pouco nervosa com o que poderia ser detectado a partir da realização das tarefas demandadas pelos avaliadores, mas me surpreendi com os resultados e aprendi que devo focar na capacidade de realizar tarefas com possíveis mudanças na ordem, área chamada pelos especialista de ‘Área da Flexibilidade’. Fui bem guiada pelos profissionais da Altoida, que além de aplicar o exame, sanaram dúvidas a respeito dos diagnósticos para doenças como o Alzheimer e demência”, diz Lívia Maria, 22 anos, estagiária.
“Fiquei contente com minha pontuação e recebi dicas para melhorar o desempenho da minha memória. Os profissionais que me acompanharam resumiram pontos cruciais para um possível diagnóstico, não de TDAH ou Alzheimer, nada disso. Meus resultados apontaram indicativos de misofonia, também conhecida como Síndrome de Sensibilidade Seletiva do Som. Resumida (e leigamente), trata-se de uma disfunção que faz com que eu seja muito seletivo/sensível aos sons, podendo também afetar o sistema neurológico, o que explicaria minha dificuldade em memorizar e me concentrar em ambientes com muito estímulo”, Eduardo Garcia, 32 anos, produtor de vídeos.
“Foi uma experiência transformadora. Receber o resultado e identificar as características em mim mesma foi gratificante. Poder apontar segmentos onde posso melhorar e buscar desenvolver mais é simplesmente inspirador! É exatamente isso que o teste proporciona: dados e conhecimentos que posso trabalhar e usar a meu favor para melhorar minha saúde e qualidade de vida. Haviam áreas como ‘Flexibilidade’ que eu já achava bom em mim mesmo, mas descobri que é um segmento que preciso prestar mais atenção. É como descobrir uma bússola interna que me guiará na jornada de autoconhecimento e autodesenvolvimento”, Beatriz Palmeira, 22 anos, repórter.