Billie Joe Armstrong, vocalista e guitarrista do Green Day, refletiu sobre a posição do rock no cenário musical da atualidade e lembrou como a segunda onda do grunge afetou a tomada de decisão de sua banda no seu antológico álbum “Dookie”.
Questionado em uma entrevista recém-publicada pelo Guitar World sobre se ele acha que as pessoas ainda querem ouvir “bandas de guitarra” em um “contexto mainstream”, Billie Joe disse: “Se fôssemos uma banda nova hoje em dia, não sei se tentar assinar com uma grande gravadora e fazer tudo isso valeria a pena para nós” (via Ultimate Guitar).
Ele não especificou, no entanto, se seu sentimento atual é conflitante com o que teve quando o Green Day assinou com uma grande gravadora pela primeira vez. Assim que o álbum “Dookie” saiu em 1994, a banda começou a fazer uma verdadeira legião de fãs com um trabalho que nascia após a magia do grunge e levou o punk ao mainstream.
Respondendo se o Green Day se sentia “fora de compasso” naquela época, o cantor disse: “Acho que sim. Mas você sabe, o grunge também começou a ficar realmente entediante. Dava para ouvir que muita gente estava apenas imitando Nirvana e Pearl Jam. E então pensamos algo do tipo: ‘Bem, vamos ser anti-isso’ [risos]. Talvez não necessariamente ‘anti’, mas ‘vamos ser o outro lado da moeda’”.
Ele continuou: “E há o outro lado disso, onde se você está indo na contramão, você pode cair de cara também. Há definitivamente esse medo. Você não sabe o que vai acontecer. Mas entendemos que fizemos algo de que estávamos realmente orgulhosos”.