Alice Alves dá dicas de como será sua fantasia como musa da Portela

A musa da Portela Alice Alves estrelou um ensaio em homenagem às suas bodas de prata, ou seja, dos 25 anos desfilando pela escola. Para isso, ela usou um look todo trabalhado em correntes e na pedraria, somando quase 50 mil cristais swarovski e que custou cerca de 10 mil reais.

E se trata de ‘espiadinha básica’, já que o figurino será o mesmo que ela vai usar no domingo (4), no próximo ensaio de rua da Portela.

Luiza Mahin virou mito da força negra feminina. Símbolo da emancipação das mulheres, sua emocionante história inspirou o romance Um Defeito de Cor, escrito por Ana Maria Gonçalves, e que em 2024 também será contada pela Portela na Sapucaí. Esse foi o nome católico dado a Kehinde, que ganhou status de heroína por sua participação ativa na luta antiescravagista, representando a força das dezenas de negras que morreram lutando pela liberdade. E que agora, também, é representada pela musa da azul e branco de Madureira.

Com figurino assinado por Guilherme Alves, todo trabalhado em ouro, cristais de swarovski, correntes e pedraria, a beldade posou para as lentes do fotógrafo Léo Cordeiro, tendo como plano de fundo toda a beleza do Pelourinho, na Bahia. O estado foi escolhido pelo fato de ser onde Luiza Mahin ganhou importante destaque, sobretudo por sua liderança na Revolta dos Malês, que aconteceu em 1835, na capital baiana, Salvador. Este foi o primeiro dos cenários usado por Alice Alves, que também passou por pontos turísticos como a Praia do Farol da Barra, Dique Tororó e a Lagoa do Abaeté.

As fotos, além de destacar a belíssima silhueta curvilínea da beldade, que ostenta com orgulho seus 67Kg, bem distribuídos em 1,73 de altura, 65 cm de cintura e 106 cm de bumbum, também marcaram a celebração dos 25 anos de história da beldade com agremiação, que tem a águia como símbolo. Nascida em uma família declaradamente portelense, sua primeira vez na avenida aconteceu em 1999, quando a escola cantou o enredo De Volta aos caminhos de Minas Gerais, uma homenagem a um dos mais importantes estados do Brasil.

Alice desfilou como destaque de um dos carros alegóricos da agremiação. O convite, que a princípio seria para uma ala da escola, surgiu de uma visita despretensiosa da jovem a quadra da Portela. Com seu jeans acanhado, a jovem que já havia fugido de casa outrora apenas para ver a águia da agremiação na avenida (aventura que a deixou perdida pelo Rio de Janeiro), desta vez queria apenas conhecer o local de ensaio portelense.

“Eu tinha que retornar no domingo para entregar retrato e fazer ficha, aquela coisa toda… e queria que eles me vissem melhor do que na primeira visita. Então cheguei na quadra muito bem arrumada, bronzeada, com cabelo solto e mais produzida. Foi quando um dos presidentes de alas declarou que eu seria perfeita para um carro alegórico. Aí que eu fiquei mais louca ainda. Transbordei e só faltou virar cambalhota ali na frente de todo mundo!”, relembra Alice, emocionada.

Estreia como musa

Alice seguiu desfilando pela escola nos anos seguintes, sempre de composição de carro alegórico, em sua maioria abre-alas. Até que em 2012 recebeu outro convite feito pelo então presidente da agremiação, Nilo, para concentrar todo o seu charme e beleza no posto de musa, posto pelo qual ela desfila até os dias de hoje.

Alice Alves, que é médica veterinária, atriz, campeã de caratê e empresária do ramo da construção civil, já também já desfilou em outras agremiações como Beija-Flor, União da Ilha, Vila Isabel, Império Serrano, Tradição, Caprichosos de Pilares e Unidos de Padre Miguel. A beldade, inclusive, já chegou a pisar na avenida para desfilar em quatro escolas diferentes no mesmo carnaval.

Foto: Léo Cordeiro

Além de ter sido rainha de bateria da Unidos de Padre Miguel, posto que decidiu abrir mão para poder se dedicar melhor aos compromissos com a azul e branca portelense. Mas, segundo ela, o coração bate mais forte mesmo é pela Portela.

“Cresci em uma família de amor azul e branco. Todos apaixonados pela Portela, em especial meu irmão mais velho [já falecido]. A paixão dele era tão intensa que contagiou todos à sua volta. A Portela literalmente faz parte da minha vida. É um amor genuíno”, conclui.

Fonte Revista Quem

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