O amor está no ar e, de acordo com uma pesquisa de 2023 da Sociedade para Gestão de Recursos Humanos (SHRM) dos Estados Unidos, no ambiente de trabalho também. Dados mostram que quase 80% dos trabalhadores que já estiveram ou estão em um romance no local de trabalho namoraram seus colegas, enquanto 10% se relacionaram com subordinados e 18% com superiores.
A pesquisa foi realizada através de uma consulta a 632 trabalhadores norte-americanos, em janeiro deste ano. De acordo com o levantamento, dois em cinco trabalhadores conhecem alguém que está atualmente em um romance no local de trabalho.
O relatório ainda mostra que 75% dos trabalhadores se sentem confortáveis com pessoas em seu local de trabalho estarem envolvidas em um relacionamento, e 83% respeitam ou respeitariam aqueles que estão em um.
De flertes a compromissos
A pesquisa da SHRM mostra que o romance no local de trabalho é diferente para cada pessoa e pode variar desde flertes até encontros.
“Por exemplo, 40% dos trabalhadores nos EUA dizem que flertaram com alguém do seu local de trabalho, enquanto quase um quarto saiu para um encontro. Além disso, 17% afirmam ter estado em um relacionamento oficial com alguém do seu local de trabalho”, dizem os pesquisadores.
Outras revelações do estudo foram de que 25% dos entrevistados afirmam estar atualmente abertos a um romance no local de trabalho.
“Trabalhadores mais jovens da Geração Millenium e Geração Z (33%) são significativamente mais propensos a dizer que estariam abertos do que trabalhadores mais velhos da Geração X (27%), Baby Boomer e Tradicionalistas (23%)”, detalha o relatório.
Não é unanimidade
Apesar dos altos índices, nem todos os trabalhadores estão abertos a se relacionar amorosamente com colegas de trabalho. Segundo o levantamento da SHRM, 40% dos entrevistados acreditam que romances no local de trabalho são pouco profissionais.
Entre os trabalhadores nos EUA que estão atualmente em um romance com um colega de trabalho ou já estiveram em um antes, a maioria desenvolveu seu romance por meio de encontros pessoais (79%). Em segundo lugar, ficam as chamadas telefônicas (55%), seguidas por mensagens diretas (46%) e eventos relacionados ao trabalho, como happy hours e festas da empresa (27%).
Segundo o presidente e diretor executivo da SHRM, Johnny C. Taylor Jr., uma pessoa passa, em média, 90 mil horas da sua vida no trabalho. Para ele, não é surpresa que os funcionários busquem conexões.
— Remoto ou presencial, é fundamental que os empregadores tenham uma política de romance no local de trabalho para proteger os funcionários nessas situações — seja por favorecimento, retaliação ou assédio sexual — e garantir que os relacionamentos de trabalho e os locais de trabalho continuem a funcionar sem problemas — alerta.
A pesquisa também constatou que 71% dos trabalhadores nos EUA afirmam que seu empregador não exige que os funcionários divulguem se estão envolvidos em um romance no local de trabalho.
“É importante observar que, embora a maioria dos trabalhadores nos EUA que estiveram em um romance no local de trabalho diga que questões relacionadas ao trabalho não contribuíram muito ou nada para o término de seu relacionamento (87%), 13% disseram que questões relacionadas ao trabalho contribuíram um pouco ou bastante. Além disso, quase 1 em cada 5 trabalhadores nos EUA que já estiveram em um romance no local de trabalho dizem que isso impactou negativamente em suas carreiras”, conclui o estudo.
Fonte O Globo