As chuvas dos últimos dias encerraram a sequência de incêndios que devastou mais de um milhão de hectares do Pantanal . Imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) mostram que não há nenhum foco de fogo no bioma nesta segunda-feira (20).
Desde o início de novembro, as chamas tomaram o Pantanal, fazendo com que o bioma tivesse o pior mês de novembro da história. O que os especialistas explicam é que o fogo é resultado do baixo volume de chuva, calor intenso e a vegetação ressecada na região.
Entre os dias 12 a 19 de novembro, os satélites do Inpe registraram 1086 focos de fogo no bioma. Nesta segunda-feira (20), o número de pontos de alerta zerou. Neste ano, mais de 1 milhão de hectares foram consumidos pelas chamas no Pantanal.
A chuva era esperada desde setembro, mas teve o período alterado pelo El Niño, que vem mudando o comportamento climático em todo o país. Os especialistas apontam que foi uma mudança no clima que causou o maior impacto na vegetação.
De acordo com o meteorologista Guilherme Borges existem regiões isoladas em que não se pode atribuir a culpa dos incêndios à ação humana.
“As pancadas de chuva na região não acumulam valores significativos e geralmente estão acompanhadas por raios. Quando esses raios atingem o solo e entram em contato com a vegetação já muito seca, favorecem a ocorrência de queimadas. Outro fator importante são os ventos, que ajudam a espalhar o fogo com mais facilidade”, explica.
Nas últimas semanas, os incêndios no Pantanal devastaram área significativa do bioma. Os números do Inpe aponta que o fogo já consumiu mais de um milhão de hectares da biodiversidade, o triplo do que foi registrado no ano de 2022 inteiro. É o pior novembro em número de incêndios em 21 anos.
O Pantanal abriga uma diversidade única, incluindo várias espécies ameaçadas, ao todo são:
- 🌱3,5 mil espécies de plantas
- 🐟325 espécies de peixes
- 🐸53 espécies de anfíbios
- 🐊98 espécies de répteis
- 🦜656 espécies de aves
- 🐆159 tipos de mamíferos
Fonte g1