O Green Day conquistou os Estados Unidos e a Europa em 1994 com “Dookie” — um álbum quase conceitual, encapsulando a adolescência na época. Alienação, desilusão com a vida adulta, maconha e masturbação estavam entre os principais temas abordados.
Com o passar do tempo, com álbuns como as rock operas “American Idiot” (2004) e “21st Century Breakdown” (2009), o trio deu uma guinada para críticas sociais e letras sobre o momento político vivido pelos Estados Unidos.
Uma década depois, com “Father of All Motherfuckers” (2020), eles se afastaram do discurso político, ao qual agora estão retomando com seu novo disco, “Saviors”, previsto para janeiro de 2024. Conforme publicado pela Far Out Magazine, em entrevista para a rádio 102.1 The Edge, o frontman Billie Joe Armstrong comentou as escolhas temáticas recentes do Green Day:
“Para ‘Father Of All…’, não quisemos tratar de política porque seria óbvio demais. Seria um fruto muito fácil de alcançar porque estávamos em uma [situação] política horrível, e em uma horrível polarização nos Estados Unidos. Mas desta vez, recuperamos isso, parecia ser o momento perfeito”.
“Nós nos afastamos da política por um tempo [porque] não queríamos ser só mais um comentarista da CNN apontando o dedo. Mas músicas políticas… Isso requer muito coração. Acho que se você ficar fazendo isso só por fazer, só porque está com raiva, então você tira o coração daquilo. Aí vira só parte da reclamação de todo mundo. É preciso momentos especiais e inspirados para realmente ter um momento como ‘The American Dream Is Killing Me'”.
“The American Dream Is Killing Me” é o primeiro single do “Saviors”, onde a banda apresenta uma letra ácida e uma sonoridade que remete aos anos 90, à época de músicas como “Minority”. No clipe, o trio aparece tocando caracterizado como zumbis:
Fonte Whiplash