Roger Waters denuncia ‘boicote’ em hotéis na Argentina e no Uruguai

Roger Waters, de 80 anos de idade, denunciou o “boicote” sofrido em hotéis de Buenos Aires, na Argentina, e em Montevidéu, no Uruguai, por sua defesa do estado palestino em meio à guerra de Israel contra o Hamas. Roger Waters tem mantido hospedagem em São Paulo e viajado para Buenos Aires e Montevidéu para fazer os shows e, em seguida, retorna ao Brasil.

Foto: Yuri Murakami/Brazil News

Durante show na capital argentina, na última terça-feira (21), o britânico contou que teve sua estadia nos hotéis negadas após campanha de um “lobby israelense”, liderado pelo presidente do Comitê Israelita do Uruguai, Roby Schindler. As informações são da Rolling Stone Argentina.

Em carta enviada às redes de hospedagem, Schindler acusou o ex-baixista do Pink Floyd de ser “misógino, xenófobo e antissemita”. Waters rebateu as acusações, classificadas-as como mentirosas, e reiterou sua posição em defesa dos direitos humanos.

“Por alguma razão, as pessoas que são donas de muitos hotéis desta cidade, não me deixaram me hospedar aqui. Vai entender. Na verdade, eu sei por que eles não me deixaram e vou contar para vocês agora, e aí vou sentar e cantar uma música e, então, só vamos cantar músicas. Mas tenho que dizer isso. A razão pela qual eles não me deixam hospedar nos hotéis em Buenos Aires é porque acredito nos direitos humanos. Eu acredito. Sempre acreditei. Fui ensinado sobre direitos humanos pela minha mãe quando eu criança e nunca me esqueci”, iniciou.

Waters voltou a defender sua opinião. “Então, os direitos humanos são a questão básica aqui. Mas agora, se isso pode ser um tanto controverso, se conseguirmos convencer os poderes constituídos e insistir na igualdade dos direitos humanos para todos os nossos irmãos e irmãs, independentemente de sua etnia ou religião ou nacionalidade do Rio Jordão até o Mar Mediterrâneo, não haverá mais problema”, acredita.

“De alguma forma, esses idiotas do lobby israelense conseguiram cooptar todos os hotéis de Buenos Aires e Montevidéu e organizaram este boicote extraordinário baseado em mentiras maliciosas que têm contado sobre mim”, concluiu.

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