Paul McCartney, de 81 anos, revelou em um episódio de McCartney: A Life In Lyrics, podcast de 12 capítulos, via Music News, que John Lennon, seu ex-colega dos Beatles, que morreu aos 40, em 1980, ainda o inspira quando na hora de compor suas letras. “Muitas vezes eu me questiono… ‘O que John pensaria disso? Ele teria pensado que era muito sentimental.’ Então vou mudar isso,” contou.
Paul McCartney também falou sobre a química criativa que tinha com Lennon. “Essa interação foi milagrosa. Você não tem tanto esse elemento oposto [agora]. Eu preciso fazer isso sozinho”, disse ele, recordando como o parceiro de banda era “sarcástico” e “espirituoso” e usava humor e insultos para se proteger da verdadeira personalidade.
“A personalidade de John era muito cautelosa, irremediavelmente cautelosa. É daí que veio toda a inteligência dele. Como tantos comediantes, é para se proteger do mundo. John tendo uma educação muito difícil (o pai dele sai de casa, o tio morre e a mãe é morta) ele poderia ser muito sarcástico. Todos nós poderíamos, foi a minha maneira de lidar com a morte da minha mãe. Muitas vezes havia uma crítica muito espirituosa. Nem sempre seria uma crítica, mas era sempre uma resposta muito rápida, e ele se treinou para fazer isso. Essa era uma das coisas atraentes sobre ele”, afirmou.
“Lembro-me dele me dizendo: ‘Paul, preocupo-me em como as pessoas vão se lembrar de mim quando eu morrer.’ Isso me chocou e eu respondi: ‘Espere aí. As pessoas vão pensar que você foi ótimo.’ Eu era como um padre para ele. Eu diria: ‘Meu filho, você é ótimo.’ Isso o faria se sentir melhor”, completou.