Esporte que revelou Éder Jofre ao mundo, o boxe brasileiro segue consagrando campeões em competições internacionais e formando uma nova e promissora geração de pugilistas. Seja nos ringues das periferias, onde surgiram estrelas como Acelino “Popó” Freitas, ou em projetos que simultaneamente incentivam a prática e a inclusão social, mais que nunca o boxe nacional almeja brilhar nas grandes arenas mundiais.
O panteão do boxe brasileiro começou a inscrever seus ídolos na década de 1920. Mas foi nos anos 1960 que Éder Jofre alcançou destaque nos Jogos Olímpicos de Melbourne, na Austrália, e posteriormente colecionou títulos importantes como o de tricampeão mundial de boxe, campeão peso-pena e também peso-galo pelo Conselho Mundial de Boxe, e também pela NBA (National Boxing Association). Um dos poucos pesos-pesados do Brasil, Maguila com sua direita devastadora conquistou 78 nocautes em 87 lutas. Acelino “Popó” Freitas também é um expoente com muitos títulos, entre eles o de campeão pela World Boxing Organization (WBO).
Na história recente, a lista de pugilistas de alta performance inclui Patrick Teixeira, campeão mundial dos super-médios pela WBO, o campeão olímpico Robson Conceição e a estrela promissora das Olimpíadas, Herbert Sousa. No feminino, Adriana “Panicat” Araújo é uma inspiração para a nova geração de atletas.
Um nome promissor na categoria peso-pesado é o do boxeador profissional Mateus Munhoz. O talento surgido no projeto social da Igreja do Nazareno de Sousas, em Campinas (SP), revela um atleta empenhado no desenvolvimento físico, técnico e tático.
Integrante da equipe Arte da Luta, projeto social sediado em Mogi Mirim, Munhoz afirma que “encontrou no esporte uma oportunidade para crescer como pessoa e para estimular a prática do boxe no Brasil”.
O crescimento do esporte no País, segundo Márcio Ribeiro, treinador da Arte da Luta, conta com o trabalho importante do Conselho Nacional de Boxe (CNB). “Sobre Mateus Munhoz, acredito que o atleta, pelo desenvolvimento que apresenta já no início de carreira, tem tudo para ser um grande representante brasileiro no cenário mundial”, afirma.
Para Júlio Cabrino, empresário do atleta, o boxe é tão promissor que também tem despertado a atenção de investidores para o esporte. “Por ver um potencial muito grande no Mateus desde o começo da carreira, o investimento que fazemos é para que o profissional alcance um destaque ainda maior nesta modalidade esportiva”, ressalta.
Mogi Boxe
A segunda edição do “Mogi Boxe” é uma oportunidade para assistir Mateus Munhoz no ringue. Com o apoio da Secretaria Municipal de Esportes de Mogi Mirim, o evento será realizado no dia 21 de outubro, a partir das 18h, no Ginásio Wilson Fernandes de Barros (Tucurão). O ingresso é um quilo de alimento não perecível.
Como forma de fomentar a prática do esporte no município, o Mogi Boxe tem programadas várias lutas na noite, nas categorias super-leve, meio-pesado e peso-pesado. Uma delas, a categoria peso-cruzador reúne no ringue, para um embate de três rounds, os vereadores Marco Antonio Franco (Gaúcho) e João Victor Gasparini.
A luta profissional com seis rounds, na categoria peso-pesado, será realizada entre Mateus Munhoz (Arte da Luta) e o atleta Clébson Tubarão, da Equipe Tubarão, de Praia Grande (SP). “Sem dúvida, no card do evento, a luta de Munhoz é uma das mais esperadas da noite”, conclui o treinador Márcio Ribeiro.