A Aneps (Associação Nacional dos Profissionais e das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes no País), que visa representar, defender e desenvolver o segmento dos correspondentes bancários e agentes promotores de crédito, lançou nesta terça-feira, 17, um manifesto diante da decisão do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) em reduzir artificialmente o teto máximo de juros do crédito consignado. Para a entidade, a redução pode tornar o produto inviável, deixando de ser oferecido aos aposentados.
A decisão foi publicada na última segunda-feira, 16, no Diário Oficial da União. Para a organização, a alteração de 1,91% para 1,84% da taxa de juros “será infeliz nos resultados” e “trará prejuízo para milhões de aposentados e pensionistas”.
Este é o terceiro recuo somente em 2023: inicialmente, em março, a taxa passou de 2,14% para 1,97%; posteriormente, em agosto, novamente a taxa caiu para 1,91%. A medida entrará em vigor na próxima segunda-feira, 23.
No manifesto, a Aneps afirma que está preocupada com os 50% dos pensionistas e aposentados atendidos pela associação e por toda a cadeia de distribuição que representa, conforme a Resolução 4935 do Conselho Monetário Nacional: “Nosso interesse é atender pelas melhores condições possíveis, por isso nos é difícil dispor sobre o tema”, diz um trecho do manifesto.
“Se o preço não paga o custo do produto, o produto não chega ao consumidor e, se pagar o custo do produto, mas não o suficiente para pagar o custo de distribuição, não há quem se disponha a comercializar (…) Nosso manifesto não se dispõe a defender A ou B, mas sim apelar para o limite do bom senso. A ausência desse bom senso, que mais se assemelha a uma disputa por um protagonismo junto a apoiadores alheios às consequências, será infeliz nos resultados, trará prejuízo para milhões de aposentados e pensionistas, bem como desemprego massivo na rede de correspondentes, visto que o custo de distribuição permanecerá presente”, cita o comunicado da Aneps
Saiba mais sobre a ANEPS (Associação Nacional dos Profissionais e das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes no País)
As empresas promotoras de crédito e correspondentes no país atuam de forma independente como terceirizadas, contratadas pelos bancos e financeiras, para prestar serviços financeiros fora das agências. Estes profissionais são autorizados pelos bancos e financeiras para oferecer empréstimos, financiamentos e recebimentos de pequenas contas, como água, luz, telefone entre outros, além do pagamento de 57% dos benefícios sociais, como aposentadoria e Bolsa Família. Segundo o site do Banco Central do Brasil, existem mais de 374 mil postos de atendimento ao consumidor. Um segmento econômico que gera cerca de 1,7 milhão de postos de trabalho.
A Aneps foi criada em 2001 para representar os interesses dessas empresas e obter o reconhecimento como categoria importante na cadeia produtiva. Neste ano, a entidade comemora 22 anos de defesa na luta pela valorização do segmento de correspondentes, com mais de 1,5 milhão de certificações feitas.
Para mais informações, acesse www.aneps.org.br.
Egom PR Agency