Geração Z é mais difícil de se trabalhar, diz estudo

Estar capacitado para lidar com diferentes gerações. Esse, talvez, seja o principal desafio do líder hoje em dia. E a Geração Z – aqueles nascidos a partir de 1997 e considerados nativos digitais, já que nasceram em mundo repleto de avanços tecnológicos – talvez represente aos gestores, hoje, o maior desafio para ser liderado.

Recente estudo, da Talent Academy, startup de soluções para recursos humanos, revela que a Geração Z é a menos flexível no trabalho. O estudo contou com quase 5 mil empregados em médias e grandes empresas e foi realizado entre agosto de 2020 e agosto de 2023. Essa geração alcançou uma nota de 57 em resiliência (em uma escala de 0 a 100), índice menor que das gerações Y (62), X (64) e baby boomers (65).

Conhecida por ser uma geração que desafia, inclusive, estereótipos de consumo, esses jovens, segundo pesquisa realizada pela plataforma de currículos Resume Builder, nos Estados Unidos, são os mais difíceis de se trabalhar. O estudo apontou que 74% dos líderes americanos acreditam nisso.

Ainda segundo a pesquisa, que entrevistou cerca de mil líderes empresariais, são três os principais motivos para essa constatação: falta de habilidade tecnológica, ausência de motivação, além do desengajamento. Para o líder, no entanto, não basta ter essa crença e dar sequência à vida. É preciso se capacitar para lidar com essa força de trabalho, que deve ganhar ainda mais relevância e presença no mercado de trabalho daqui em diante.

Falta de habilidade

Independe da geração, os gestores precisam estar habilitados para engajar e motivar o time. E é senso comum que cada colaborador possui desejos e necessidades individuais, e, com isso, requerem perfis diferentes de liderança. Não estar habilitado para lidar com essa geração, entendendo suas particularidades e vontades, pode ser um dos entraves para os líderes ascenderem (ou estacionarem) na carreira.

Com fortes habilidades tecnológicas, em linhas gerais, esses jovens valorizam a expressão individual e rejeitam rótulos; mobilizam comunidades por diferentes causas nas quais acreditam; preferem o diálogo como forma de resolver conflitos; e possuem um perfil pragmático e analítico ao tomar decisões e ao se relacionar com as empresas.

Essas habilidades foram identificadas em um estudo sobre a Geração Z brasileira realizado pela consultoria McKinsey, em parceria com a Box 1824, agência de pesquisa especializada em tendências de consumo, que traçou os quatro comportamentos característicos dessa geração.

Aos gestores, mais que nunca, é preciso estar atento e presente no dia a dia, a fim de motivar e valorizar esses profissionais. Investir em programas de desenvolvimento, mentorias comportamentais e coaching para formar não apenas líderes capacitados, mas também uma geração que ganhará cada vez mais força no mercado de trabalho é uma das alternativas para que os liderados e os líderes estejam em sincronia no dia a dia.

O desenvolvimento contínuo da liderança e a gestão de pessoas são dois pontos que nunca sairão de cena, independente do líder ou da geração que está sendo liderada.

(*) Valéria Pimenta é diretora de negócios na Thomas International Brasil, provedora de avaliações comportamentais presente em 60 países.

Fonte Homework

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