Avião movido a hidrogênio é apresentado por startup francesa

O setor da aviação é responsável por 3,5% das emissões que causam o aquecimento global. Atualmente, a liberação de gases de efeito estufa pelas aeronaves são duas a três vezes maiores por passageiro ou carga do que em outros setores de transporte. A intenção é reduzir as emissões para zero até 2050, mas essa não é uma tarefa fácil. Para isso, a tecnologia é fundamental. Uma das esperanças é um jato executivo movido a células de hidrogênio.

O projeto foi desenvolvido pela Beyond Aero. A startup francesa é sediada em Toulouse e apresentou a nova tecnologia na última edição do Salão Aéreo Internacional de Paris.

A aeronave conta com um sistema de propulsão em escala de 85 kW e que atualmente está em fase de testes de solo. O objetivo é realizar o primeiro voo teste nos próximos meses.

O jato executivo movido a hidrogênio desenvolvido pela Beyond Aero tem alcance de 1.500 quilômetros, velocidade máxima de 575 km/h e capacidade para levar de 4 a 8 ocupantes.

Nossa equipe projetou um sistema de propulsão híbrido de última geração que combina perfeitamente tanques de hidrogênio e baterias para alimentar a hélice rotativa. A melhor parte? Já está rugindo. Mas silenciosamente.

Beyond Aero, em comunicado

Avião movido a hidrogênio: é possível?

  • O hidrogênio verde, produzido a partir de energias renováveis, como a hidrelétrica, a eólica e a solar, é considerado por muitos como fundamental na luta contra as mudanças climáticas.
  • E é apontado como uma das soluções para a aviação do futuro.
  • No entanto, os custos elevados de produção e as dificuldades para o transporte do material ainda são um problema significativo.
Avião movido a hidrogênio

Desafios do setor da aviação

Apesar dos desafios, a Beyond Aero acredita que é mais fácil criar uma aeronave movida a hidrogênio do zero do que transformar os gigantescos aviões já em operação.

Mais do que os cuidados necessários com armazenamento e gestão térmica do hidrogênio utilizado para abastecer os aviões, o que preocupa é garantir que haja infraestrutura suficiente para atender ao aumento da demanda. E a empresa aposta que ela aumentará exponencialmente.

Ninguém vai comprar um jato que não consiga abastecer, mas ninguém vai investir em infraestrutura de reabastecimento se não houver demanda pelos jatos.

Valentin Chomel, diretor de Produto e Estratégia da Beyond Aero e um dos fundadores da startup

Fonte Olho Digital

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