Fluminense vira num Beira-Rio lotado e vai a final da Libertadores 2023

Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC

Em mais um jogo épico pelas semifinais, no Beira-Rio, o Fluminense virou sobre o Internacional no fim do jogo, venceu por 2 a 1 e está na final da Libertadores. O Tricolor decidirá em casa, no Maracanã, e aguarda o vencedor do confronto entre Palmeiras e Boca Juniors.

John Kennedy e Cano fizeram os gols da vitória tricolor sobre o Colorado, que abriu o placar com Mercado. A virada no fim deixou o estádio colorado em clima de velório.

Veja os gols:

https://www.youtube.com/watch?v=Q15VQK0rIKM

Tropeço de Fábio faz pressão do Inter virar vantagem

O jogo começou em alta rotação, mas apenas para um lado. Em casa e empurrado pela torcida que lotou o Beira-Rio, o Inter subiu suas linhas e pressionou a bola para forçar erros do Fluminense no início do jogo. A pressão surtiu efeito graças a um tropeço de Fábio.

Depois de um contra-ataque rápido do Colorado, o goleiro salvou chute de Wanderson e mandou para escanteio. Na cobrança, aos 9, entretanto, tropeçou em Nino e caiu na área. Mercado, que não tem nada com isso, cabeceou forte para abrir o placar.

Já acuado e desorganizado, o Flu sentiu o gol. Felipe Melo, Alexsander e Ganso erravam muito e viam Johnny e Alan Patrick dominarem o meio campo. O Inter, sobretudo, ganhava a maioria das divididas e conseguia se impor na força.

O Colorado teve espaços e chances para aumentar enquanto tocava inteligentemente a bola e virava o jogo sempre para pegar o time de Fernando Diniz desprevenido, mas pressionava e mordia mais a saída do Tricolor que dava trabalho a Fábio.

Por volta dos 30 minutos, ainda que muito desligado, o Fluminense colocou a bola no chão e melhorou no jogo. Marcelo saiu da lateral-esquerda para jogar solto e tentar compensar o jogo ruim do ataque tricolor. Enquanto isso, Diniz rabiscou alguma coisa em uma espécie de caderno. No primeiro tempo, não funcionou.

Diniz mexe, Fluminense melhora, vira e vai à final da Libertadores

O Fluminense voltou do intervalo com John Kennedy e Martinelli nas vagas de Felipe Melo e Alexsander, retomando o 4-2-4 das fases anteriores da Libertadores e ainda mais ofensivo, com André na zaga. E o time melhorou.

Com a bola no chão, ao menos, o Flu teve volume e impediu o Inter de continuar pressionando no jogo. Mas as melhores chances seriam de Enner Valencia. Aos 25, cabeceou para fora, sozinho na pequena área. Sete minutos depois, invadiu a área sem ser incomodado e chutou torto para a linha de fundo. O futebol e a Libertadores da América não perdoaram.

Não perdoou quando o Fluminense armou boa jogada pela esquerda até Cano esperar pacientemente a passagem de John Kennedy, aos 36 minutos. O camisa 9 invadiu a área pela esquerda e cavou por cima de Rochet para a bola entrar poucos centímetros, com toque de Vitão, que tentou cortar. O Beira-Rio com 50.002 pessoas, entretanto, ainda pulsaria… em tricolor, outra vez.

Foi aos 42, quando Yony Gonzalez, que entrou na lateral, recebeu e devolveu de primeira para a área, contou com toque sutil de John Kennedy antes de Cano, sempre Cano, estufar as redes do Beira-Rio. O argentino chegou a incríveis 12 gols na Libertadores, se isolou na artilharia e virou o maior goleador do clube na história da competição.

Deixe um comentário