Desde sua fundação em 5 de maio de 1979 por João Nogueira, o Clube do Samba tem sido um importante espaço de celebração e valorização do samba no Brasil. Vinte e cinco anos após o falecimento do artista, o legado de João segue vivo, e para homenagear sua luta pelo samba, a Família Nogueira vai dedicar a edição de A Grande Roda, no dia 17 de agosto (domingo), na Cidade das Artes, a essa grande referência. “Sentimos a necessidade de homenagear meu pai, esse grande homem que sempre levantou a bandeira do samba e valorizou nossas raízes”, destaca Clarisse, filha de João Nogueira e atual gestora do Clube do Samba.

Enquanto as rádios e TVs davam prioridade às músicas de discoteca americana, João Nogueira criou o Clube do Samba como um movimento sociocultural de resistência a essa “invasão”. De forma simples, na sua casa no Méier, zona norte do Rio, grandes nomes começaram a se reunir em rodas de samba, como Beth Carvalho, Martinho da Vila, Alcione, Cartola, Elizeth Cardoso, Ivone Lara, Clara Nunes, entre tantos outros que fortaleceram essa iniciativa.
“Este ano, A Grande Roda celebra a cultura das rodas de samba. Em vez de um show tradicional, Diogo Nogueira levará uma roda de samba em uma tarde inesquecível”, conta Clarisse. A roda “Pagode do Nogueira”, liderada por Diogo, ficará no centro do evento, sob o espelho d´agua da Cidade das Artes, aproximando músicos e público e contará com convidados especiais, como Sombrinha, um dos fundadores do lendário Fundo de Quintal. O evento contará ainda com a roda de samba do Bom Gosto.
Sobre o Clube do Samba: Enquanto as estações de rádio e televisão privilegiavam apenas as músicas de discoteca americana, João Nogueira no dia 5 de maio de 1979 criou o Clube do Samba para fortalecer as raízes brasileiras. O movimento sociocultural nasce como um espaço de resistência à “invasão” da música americana no país, de forma humilde, dentro da casa de João Nogueira, no Méier, zona norte do Rio de Janeiro. A atividade principal do Clube do Samba? Rodas de samba no quintal da residência, onde se reuniram os maiores compositores e cantores da história do samba. Ao longo da trajetória do clube, artistas como Beth Carvalho, Martinho da Vila, Alcione, Cartola, Elizeth Cardoso, Ivone Lara, Clara Nunes, entre tantos outros que fortaleceram a iniciativa. João Nogueira presidiu o Clube por 21 anos, até seu falecimento em 2000, quando Ângela Nogueira assumiu a presidência e continua até hoje, com o objetivo de perpetuar o samba e formar culturalmente crianças e adolescentes carentes. Há mais de dez anos, comanda o Clubinho do Samba, projeto social gratuito que promove cultura e educação para mais de 300 crianças e jovens no bairro da zona norte do Rio com aulas gratuitas de canto, teatro, violão, cavaquinho, percussão e capoeira há mais de 10 anos. O Clubinho do Samba é viabilizado por meio do patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Windsor Hoteis, Unisys, FXX Soluções Integradas e Instituto Yduqs I Estácio de Sá, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.
