A Cinemateca Brasileira realizou hoje, 27 de novembro de 2024, o evento de lançamento do projeto de recuperação, catalogação e digitalização do acervo do Canal 100. O evento foi realizado na sede da Cinemateca Brasileira, reunindo nomes importantes do esporte e da cultura para apresentar essa iniciativa de resgate de um dos maiores registros audiovisuais do futebol brasileiro.
“O Instituto Cultural Vale está ao lado da Cinemateca por entender a importância da casa da produção audiovisual brasileira, uma das maiores instituições do gênero no mundo, que preserva, também, um retrato da nossa própria identidade. Por isso, atuamos, juntos, em iniciativas pela sustentabilidade e modernização do espaço e pela salvaguarda de seu acervo de valor inestimável“, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, que é patrocinador estratégico do Viva Cinemateca.
O Viva Cinemateca é um plano que reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica. Orçado em R$ 22,7 milhões, o projeto do Canal 100 está em busca de apoiadores e já conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, Shell e Itaú.
O Canal 100 é o maior acervo cinematográfico do futebol no país, cobrindo de maneira única o período de 1959 a 1986. Criado pelo cineasta Carlos Niemeyer em 1957, foi um cinejornal que revolucionou a cobertura esportiva e cultural no Brasil, tornando-se um marco na história audiovisual do país. Exibido nos cinemas antes dos filmes, o Canal 100 capturava momentos épicos do futebol brasileiro, com destaque para partidas históricas no Maracanã e em outros estádios. Com uma narrativa cinematográfica única, Niemeyer e sua equipe introduziram novas técnicas de filmagem, incluindo o uso de câmeras em close-up e ângulos dinâmicos que aproximavam o público da emoção do campo. Não menos significativas eram as vozes que acompanhavam essas imagens. Com suas narrações habilidosas, Cid Moreira e Corrêa Araújo transmitiam emoção e davam vida às partidas. A escolha da trilha sonora, a música “Na Cadência do Samba” de Luiz Bandeira, acrescentava um elemento identidade única ao Canal 100. O tema “que bonito é…” tornou-se um lema não oficial para os amantes do futebol. Além do esporte, o Canal 100 também registrava aspectos culturais e sociais do Brasil, oferecendo uma visão panorâmica do país durante três décadas do século 20.
Com um trabalho de preservação minucioso, o projeto prevê a análise, digitalização e difusão de conteúdos únicos para toda a população, além da modernização tecnológica do parque de preservação audiovisual da Cinemateca, assegurando que essa memória siga acessível às próximas gerações.
Durante o evento de lançamento, o público e a imprensa tiveram a oportunidade de conhecer alguns trechos do Canal 100 e todas as fases do projeto, com destaque para as ações de duplicação fotoquímica de centenas de rolos de filmes, digitalização de 30 horas de cinejornais e a aquisição de equipamentos modernos que permitirão o acesso facilitado e gratuito ao conteúdo digitalizado, disponibilizado no Banco de Conteúdos Culturais da Cinemateca.
“Apoiamos o Viva Cinemateca, pois acreditamos que a instituição tem um papel fundamental na construção, conservação e difusão da nossa herança cultural, com ações que promovem o desenvolvimento humano e geram valores para toda nossa sociedade. Juntos, preservamos o cinema nacional e as obras audiovisuais em geral, tão importantes para a preservação de nossa identidade”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil, patrocinadora master do projeto Viva Cinemateca.
O projeto de recuperação do Canal 100 também contará com uma programação especial. Para 2026, ano da próxima Copa do Mundo, a instituição prevê uma grande mostra itinerante de filmes sobre futebol, incluindo trechos icônicos do Canal 100 e os melhores momentos da história do esporte como parte da cultura nacional.
PATROCINADORES
O Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e Itaú, como copatrocinador.
Aprovado na Lei Rouanet, o projeto permite a empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda para a iniciativa (Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura).
SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quarto ano consecutivo é o maior apoiador da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.
Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país em com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org
SOBRE A SHELL BRASIL
Há 111 anos no país, a Shell é uma companhia de energia integrada com participação em Upstream, Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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